domingo, 20 de janeiro de 2013

Por um bom retorno e um pagamento de promessa


Quem me saca sabe que quando eu volto a escrever, é porque a vida anda boa. Muitas novidades aconteceram desde que parei a postar aqui. De setembro de 2012 pra cá, eu reencontrei o cara mais fantástico que já conheci na vida e que eu havia deixado passar lá no passado; fui pedida em noivado por ele na virada do ano (será que 2013 começou bom?); Namorei com Curitiba; fiz um concurso lá e passei; vou fazer pós-graduação em psicanálise; vendi a minha motinha linda e me mudo daqui 10 dias! Ufa! Não disse que minha vida tinha melhorado? E apois.

E para voltar pegando o jeito, nada melhor que começar o ano pagando pela metade uma promessa feita três anos atrás, e para o cara mais fantástico que já conheci na vida!

Ok que a promessa só será 100% paga quando eu chegar lá, e chover de verdade e eu preparar essa delícia de bolinho de chuva num domingo frio que a gente; tá, a gente é muita gente, quando EU estiver de preguiça até de descer a rua para ir ao cinema.
Mas vamos ao que interessa:

Bolinho de chuva para onde não chove
 

1 ovo
2 bananas (a receita diz uma banana, só que bananas nunca são demais)

2 colheres de açúcar (a receita diz três, mas eu não gosto de doces)

1 copo de leite (a receita diz 1 e meio, mas vai por mim)

2 xícaras de farinha de trigo (eu sendo teimosa de novo, a receita diz uma)
1 colher de chá de fermento

Açúcar e canela a gosto

 

1.       Primeiro de tudo pega um fuet (não sabe o que é? Googla aí), uma vasilha grande para preparar a massa, uma peneira e quebra o ovo, (Pulo do gato: sempre peneire o ovo, pois isso elimina o cheiro forte e se você o guarda na geladeira, bote para fora uns 15 minutos antes para ficar na temperatura ambiente #nãomepergunteopqdisto). Bata o ovo com o fuet como se fosse fazer um(uma?) omelete.

2.       Despeja as duas colheres de açúcar e vai amassar as bananas, que precisam estar feinhas como as da minha foto, escurinhas, pois ficam com cheiro e sabor mais forte. (Pulo do gato: amassa 1 ½ e corta metade de uma, vai criar tipo uma surpresa dentro do bolinho #kinderovo)

3.       Despeje o leite e misture a gororoba.

4.       Agora a parte da farinha, vá despejando aos poucos e passando pela peneira! Sempre penere a farinha quando for fazer bolos e afins! (falou aquela que sempre consegue fazer algum bolo)

5.       Eu não tinha fermento, mas a minha massa já vinha com fermento, então não pus e funcionou.

6.       Não disse que você ia precisar de óleo pq é óbvio, né? Pega uma frigideira relativamente funda e despeja 1/3 da garrafinha de óleo e põe pra esquentar.

7.       Com uma colher de sopa, enche ela da massa e despeja pela ponta da colher dentro da gordura quente (#umbeijopraminhapancinha)

8.       Vire para dourar do outro lado e quando “morenizar” transfira o bolinho para uma travessa com uma caminha de açúcar e canela (#maldades)

Espera esfriar, bota pra alguém passar um café que você merece!


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Das [muda]nças


Nunca mais condenarei aqueles que optaram por não fazerem nada de grandioso (ou apenas corajoso) em suas vidas. Que não casaram por medo de dar errado e ter que enfrentar um divórcio.  Que se acomodaram num subemprego por receio de arriscar aquela carreira. Que largou os projetos na primeira dificuldade e voltou para casa dos pais. Ou que não largou a vidinha que tinha porque era mais seguro, cômodo e fácil.

Ser feliz é o que todo mundo diz que quer ser, mas pagar por esse preço, abrir mão de certas garantias e comodidades é que “é mais embaixo”. Ainda não sei se temos receio pelo novo ou apego pelo que temos e que já está morno.

 
Dá muito medo ser corajoso.

domingo, 28 de outubro de 2012

sobre as mudanças

 
 
Primeiro vieram as rachaduras, os utensílios quebrados, as imagens rasgadas, o barulho por nada. Muito após surgiu a escolha pelo silêncio na minha casa interior para que eu pudesse ouvir e descobrir de onde vinham os ruídos. Depois, a sensação de fracasso; não tinha muito o que se remendar por dentro, o desajuste maior era fora de casa e quanto a isso eu nada podia fazer a não ser mudar de morada.
Mas aí surgiu o incômodo do barulho de fora que insistia em se manter perto. Logo após, o arrependimento de ter sido tão boba e ter permitido que aquilo se alojasse tão dentro de mim e estragasse tanta coisa. Depois a raiva por novas coisas quebradas, mais rachaduras, mais barulho quando eu já havia decidido me mudar e me calar.  Mas por fim e assustadoramente,  veio o novo sentimento da indiferença.
Me assustei pois sentia uma certa culpa pelo alívio e felicidade que sentia quando tudo ainda era recente.  Juntar os novos-velhos cacos, limpar a nova casa, foi como tomar um banho de alfazema. Não havia mais tragédia, tudo era esperança.
Aprendi então que a real indiferença nos traz paz e novamente, o silêncio. E essa paz nos traz cores novas para as nossas lentes oculares e um caminho todo em branco. E foi essa miscelânia de gestos e cores que me confundiu e desviou o meu foco para o que é belo e tranquilo. O silêncio agora é oportunidade para compor uma nova melo[dia].  
Meu coração vai ser cuidado e meus olhos serão amaciados e enamorados por uma vida que se mostra totalmente fascinante.
E por isso, pela paz, pelo silêncio, pela renovação e sensação de tran-qui-li-da-de, meu corpo está voltando ao normal, minha mente volta a funcionar por si e minhas psoríases sumiram. As pessoas percebem isso em mim e comentam o quanto estou mais bonita.
Tenho paz, minha gente.
Aqui já pode entrar sorriso bobo, frio na barriga quando chega, é pra trazer mensagem boa. A vontade de escrever aqui neste espaço, já vejo de longe que ela está chegando e me trazendo um punhado de flor.
 
 

sábado, 18 de agosto de 2012

Dos diálogos

- E ele me trata tão bem, sabe? Sempre me sinto uma princesa perto dele. Se eu penso em querer algo, ele chega com este algo. Se precisar dele em 5 minutos aqui-e-agora, ele chega. Tem um jeito de olhar todo terno quando falo. Me beija lindo quando peço, me abraça quente e forte quando eu preciso.

- Você não vai suportar tanta paz.

(Silêncio)

sábado, 23 de junho de 2012

Descobri que há bruschettas e Bruschettas

Não tem jeito, quando a falta da tal criatividade e a falta de tempo me apertam, eu sempre recorro às bruschettas. Rápidas, fáceis e deliciosas. Mas há outra coisa que descobri sobre as bruschettas: elas podem ficar ainda melhores!
De longe, foram as melhores que você já fez!” – Tico, o namorado devorador de carboidrato.
E foi verdade, nunca comi nada igual e por um pequeno-grande detalhe: o pão.
Comam Ciabatta! (pronuncia-se Tchiabata) que no português, olha que engraçado, significa chinelo. E dá pra entender o motivo, é um pão massudo, duro quase como um chinelo, rs. Ah, e delicioso.
Podem me chamar de doida, mas a textura na boca parece de um file mignon muito macio. Se mora aqui na região, eu encontrei no G Barbosa perto do shopping de Juazeiro, numa mesa pertinho da padaria, e custou coisa de 2 reais. Gostoso, barato e para ser perfeito, ele só deveria emagrecer.
Por isso ontem descobri que Há buschettas e BRUSCHETTAS.
Essa versão Glam é para fazer para alguém especial (nisto, se inclua).



Ingredientes:
1 baguette de ciabatta
50g de queijo Gruyère 
Azeite
Tomate e pimentão picados bem pequenos e marinados* por pelo menos meia hora na geladeira
Temperos: orégano, azeite, vinagre de vinho tinto, sal e pimenta do reino.
Manjericão fresco
Alho
* Marinar: é uma técnica culinária que consiste em colocar os alimentos numa mistura de temperos, muitas vezes na forma líquida, antes de cozinhar

Recheio:
Linguiça defumada frita
Alho negro
Tomates
Preparo:
O segredo de uma boa bruschetta consiste no preparo das torradas que devem ficar crocantes por fora e macias no seu miolo e nisto, o pão ciabatta foi o melhor. Bruschettas ressecadas demais cortam o céu da boca e bruschettas moles demais desmancham e se quebram.
Primeiro de tudo, ligue o forno a 180°C e vá preparar o tomate e pimentões cortando em pedaços pequenos. Essa é a parte mais chata do serviço, mas nada que uma boa música e uma cervejinha gelada não resolvam.
Despeje tudo numa vasilha com tampa e tempere como quiser. Eu usei: vinagre, azeite, sal, orégano e pimenta moída na hora. Coloque na geladeira tampado.
Unte uma forma com azeite e esfregue um dente de alho pra transferir o seu perfume.
Corte a baguette em fatias de dois dedos de largura e coloque para assar na forma untada por 15 minutos no forno que pedi lá atrás para pre-aquecer. (Esta temperatura de 180 graus não é frescura, é ela quem permite um aquecimento prolongado sem queimar ou endurecer o pão)
Enquanto isto, corte o queijo em fatias. Retire as torradas do forno e aqui vem o pulo do gato:
Lembra do seu tomate marinando? Retire da geladeira, pegue uma colher e regue as suas torradas com uma colher de caldo em cada uma delas. Se não tiver quase nada de caldo, unte com azeite. Coloque a fatia de queijo por cima e devolva ao forno até que o queijo comece a derreter.
Derreteu? Retire do forno e vamos aos recheios. Neste dia usei calabresa defumada frita + tomates e  tomates + pedaços de alho negro que são como comer pedaços de céu. O alho negro não encontrará aqui por enquanto. Estes meus são fruto de uma peregrinação que eu e a minha princesa do bailinho (vulgo Paty Catizani) fizemos no Mercado Central lá em BH e me custou 15 reais um potinho de nada com um tantinho de nada, mas eu precisava experimentar!  
Bruschettas devidamente recheadas? Se sobrou molho, regue mais uma vez um pouquinho em cada e devolva ao forno mais uma vez. 5 minutinhos só para amornar os tomates, retire do forno, transfira para um prato e toque final com folhinha de manjericão por cima para quem é de folhinha
Agora é só encontrar um bom filme, Um bom vinho (que não precisa ser caro), Uma boa companhia (a sua própria também serve) e buon appetito!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ando tão borocochô, passando os dias. Perceberam que agora me escondo na cozinha? É uma boa forma de fugir de um mal estar em mim. Nada de muito grave. Acho que viver requer pausas, muito embora esta esteja se prolongando. Não faz mal. Ou faz. E isso é bom, pelo menos para a psicanálise. Tenho seguido os dias assim, lendo uma coisinha aqui e acolá, umas cervejotas por alí, e uma saudade enorme de alguns amigos.

Agora além de cozinhar, quero aprender a costurar. Não sei de onde vem essas minhas invencionices. Quer dizer, sei sim. Vem do meu pai, que agora danou-se a querer aprender a tocar violão, aos 57 anos. Aliás, muito de mim vem dele. O que confesso, essa parte é uma pena. Ele é difícílimo, mas por ser homem, torna-se instigante. Eu, por ser mulher, torno-me assustadora. Búh.